Bens materiais, um estilo de vida diferente, um novo modelo para se fazer negócios. Todas essas definições estão dentro de um recente conceito que está revolucionando não só a nossa vida, como também o mundo dos negócios.
Nesta concepção está a economia compartilhada, que é um modelo de negócio que tem sido cada vez mais comum na vida das pessoas.
Por meio dele, permite-se que a população tenha um padrão de vida parecido, sem precisar adquirir mais bens. Com esse comportamento, além de diminuir gastos, também resulta em impactos positivos para a economia de forma geral.
Ou seja, para que se entenda melhor: é o conceito de consumir focado no usufruir, isto é, sempre pensando em diminuir custos.
A economia compartilhada é um sistema que tem como base a divisão de recursos humanos, físicos ou intelectuais.
Baseia-se no consumo colaborativo e atividades de compartilhamento de recursos, troca e aluguel de bens.
Envolve etapas como criação, produção, distribuição, comércio e consumo rateado de bens e serviços por diferentes pessoas e organizações com o objetivo da mudança social.
Por causa da recorrente e duradora instabilidade econômica do Brasil nos últimos tempos, a economia compartilhada vem conquistando cada vez mais as pessoas.
Isso é excelente para os empreendedores, que têm assim um mercado com grande quantidade de serviços e produtos a serem disponibilizados, com custo muitas vezes menor de investimento.
De forma paralela, os consumidores estão mais exigentes e a sustentabilidade já é uma realidade: os negócios compartilhados tendem a ser mais ecológicos, já que os recursos podem ser reaproveitados.
Práticas sustentáveis
Se a sua empresa ainda não disponibiliza serviços baseados na economia colaborativa, você pode usar os princípios, tornar-se um consumidor colaborativo e incentivar seus funcionários, fornecedores, ou seja, quem trabalha com você, a fazerem parte desta transformação.
Com isso, seu negócio vai se desenvolver de forma sustentável. E ainda vai ajudar na consolidação dos negócios colaborativos.
Uma das atitudes que pode ser tomada é: use espaços colaborativos em seus eventos, palestras ou treinamentos, os coworkings.
Outra: permita que seus funcionários trabalhem em sistema remoto. Se eles forem à sua empresa às segundas e sextas somente, por exemplo, o resto da semana eles têm livre para trabalhar perto de casa, em um espaço de coworking, próximo de onde eles moram.
Desta forma, gastam muito menos tempo de deslocamento, reduzem a poluição do ambiente, e, em vários casos, têm maior qualidade de vida.
Assim sendo, produzem mais e fazem a roda girar da economia com dinamismo. Caso seja possível, combine que o funcionário venha à sua empresa somente uma vez por semana.
A partir do momento que se compartilha produtos e serviços, a tendência é que o custo seja menor. Isto, sem dúvida, é um grande atrativo para os consumidores.
Os espaços de coworking são ótimos por isso: oferecem salas privativas, salas de reunião, além de espaços de trabalho para dezenas de pessoas, de forma simultânea. Este é um caso de coworking completo, com uma localização privilegiada, excelente custo benefício e outras inúmeras vantagens.
O coworking é o resumo do conceito de economia compartilhada.
Ele é um espaço de distribuição de recursos onde há um ambiente de trabalho saudável, colaborativo e todos usufruem de uma série de benefícios: custos reduzidos para se produzir, disponível nos sete dias da semana, uso de rede de internet muito mais acessível do que um plano individual; o mesmo ocorre com telefone fixo, secretária, papel, impressora, escritório virtual, etc.
Nesse novo conceito, todos saem ganhando: quem é proprietário e aluga seus espaços para dezenas de pessoas de forma simultânea. E também quem é o locatário e não tem a obrigação de arcar com um extenso contrato de aluguel.
Pelo contrário: neste tipo de compartilhamento a pessoa usa, e portanto, só paga quando for realmente necessário, sem qualquer tipo de vínculo que o amarra a determinada situação.
Economia de tempo atrai cada vez mais usuários
Economia de tempo e dinheiro têm atraído cada vez mais usuários e empreendedores.
Do mesmo modo, se os funcionários já não vão com tanta frequência ao escritório, outros setores também são afetados de forma positiva. Atrasos em entregas podem ser reduzidos, haverá menos carros transitando pelas ruas e será percebida também uma melhora geral no tráfego de veículos.
Outra ação positiva relacionada à sustentabilidade é criar programas de carona solidária, entre os seus funcionários, principalmente os que não moram tão distantes um dos outros. A carona proporciona menos carros nas ruas, menos lugares dedicados somente para estacionamento. Fora tudo, gera maior integração entre os colaboradores.
Certamente esta mudança de hábitos pode causar um choque e algum estranhamento para as empresas tradicionais. Porém, não há dúvida de que estas alterações vieram para ficar.
Além disso, o meio ambiente vai ser muito grato com menos poluição e um sistema mais saudável para se viver. A população, de forma geral, também irá agradecer!
Economia compartilhada: origem
Foi em 2010 que o conceito de economia compartilhada ganhou forma e, desde então, não para de crescer e de ganhar adeptos. Não só isso: vem revolucionando o nosso comportamento, como consumimos e também como produtos e serviços passam a ser negociados.
É um modelo para todos, sem dúvida, de que com o advento da economia compartilhada, as pessoas encontraram, de algum jeito, um modo de fazer mais com menos e também aproveitar recursos físicos ao máximo.
O proprietário de um carro, por exemplo, pode usar esse conceito para transportar outros passageiros e até ganhar dinheiro com o seu veículo.
Assim, um único bem de valor considerável disponibiliza outras oportunidades a mais pessoas e por um tempo maior.
Todos ganham com esse novo modelo econômico, inclusive o meio-ambiente, que sofre bem menos com o impacto do hiperconsumo e colhe os frutos do capitalismo consciente.
O conceito do compartilhamento surgiu a partir da necessidade de economizar a retirada de recursos naturais e financeiros, principalmente depois da crise mundial, ocorrida em 2008.
As empresas que adotam o modelo de economia compartilhada se configuram com uma sensação de pertencimento, benefício mútuo e responsabilidade coletiva.
É por este motivo que o fenômeno do compartilhamento deve bastante à era digital: boa parte das suas negociações tem mediações realizadas por plataformas e aplicativos. Muitas delas feitas até mesmo por intermédio das redes sociais.
Basicamente, economia compartilhada significa redução de custos para quem usa e renda para quem fornece.
Por exemplo, alguém que tem um quarto vago em sua casa pode usufruir desse espaço para alugar a um valor mais barato do que o mercado cobraria.
Assim, os negócios de compartilhamento têm, como base, três pilares de suporte da sustentabilidade: econômico, ambiental e social.
Isso porque suas práticas economizam dinheiro, diminuem o consumo de recursos naturais e fornece benefícios que são divididos entre toda a sociedade.
Outra concepção importante para a economia compartilhada é o crowdsourcing, ou seja: contribuição coletiva. Nada mais é do que a utilização da inteligência das multidões para resolver problemas de forma colaborativa.
Tendência da economia compartilhada
Dos aplicativos de carona ao aluguel de apartamentos e de guarda-chuvas, essa é uma tendência de consumo que deve mobilizar, de forma mundial, mais de US$ 335 bilhões em até cinco anos, de acordo com pesquisas de mercado.
O Brasil carece de dados, mas a tendência, de acordo com os especialistas, é que o setor cresça bastante nos próximos anos, até porque atrai muito o público jovem.
Ou seja, a economia compartilhada, definitivamente é uma tendência que veio para ficar, e não uma moda passageira. Aproveite, e, embarque nessa!